PREÂMBULO

São Luís nasceu do mar. Nasceu no mar, no ‘Maragnon’. Deste rio que corre, da Batalha imperial entre franceses e portugueses.
Data de 08 de setembro de 1612 a Fundação do ‘Fort Saint Louis’ - Em homenagem ao menino Rei Da França, sob o comando de Daniel de La Touche, ou Senhor de La Ravardiere, experiente oficial da França.

A mistura entre Portugal e França perpassa por várias esferas da ilha de São Luís – desde nomes de Avenidas e Palácios ao estilo arquitetônico de algumas casas do seu Centro Histórico.

O Forte ‘Saint Louis’ é hoje o Palácio dos Leões, onde funciona a sede do Governo do Estado do Maranhão. E no Palácio de La Ravardiére, bem ao lado – encontra-se a sede da administração da Prefeitura de São Luís.

Assim como São Luís, o Maranhão é uma mistura. Uma mistura geográfica, de terrenos, de biomas, de culturas e de sabores - onde o mar se encontra com rios, cerrado, florestas e dunas.

A sequência de fotos que vos apresento tem a ambição (e bote ambição nisso) de mostrar um pouco de São Luís, um pouco do Maragnon, de todos esses sabores. Espero que aproveitem !!!

Fozzie (José Miranda Jr.)

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ÁGUAS DA ILHA DE SÃO LUÍS

Águas do mar, quentes e de ondas suaves que tocam a pele quando entramos nelas. Diferente de outros mares. Até de olhos fechados sabemos que estamos no mar de São Luís. Tem as ondas suaves que sobem mansinho - num chão de areia fininha que se espalha com uma inclinação quase plana. 

Daí, as praias que se formam ficam gigantescas - dando dezenas campos de futebol, em que os trabalhadores aproveitam aos entardeceres vermelhos.

Águas doces da ilha de São Luís, famosas na época das navegações, aparecem descritas por D’Abbeville e De Vry desde o século XVII. Contam que os navios saiam da Europa para ganhar novas terras abastecidos de água e já na África iam deixando gentes doentes, também tinham que abastecer com novas águas, porque as outras ficavam podres até chegarem à Ilha de São Luís. 

Mas a volta da viagem para a Europa era muito boa, as águas abastecidas na ilha duravam mais de mês sem dar cheiro ou doenças - eram águas claras.

As águas potáveis tentando não serem salobras. A ilha - lambida pelas águas do mar dos rios Itapecuru e Mearim, que desaguam em seus estuários passando cada um de um lado da Ilha.

Não bastasse essa luta das águas salgada e doce se misturando, há ainda a luta dos cursos e olhos d’água que nascem na própria Ilha para continuarem fluindo. 

Barbara Prado
Professora da Universidade Estadual do Maranhão.
Estuda a transformação da paisagem.


Fotógrafo: Fozzie (José Miranda Jr.)
Instagram: @ fozzie_slz
Facebook: @fozzie.mirandajunior
Realização: Fozzie e Linha da Cultura