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TITO E MARIA TODO DIA

A exposição reúne imagens do cotidiano dos filhos da fotógrafa Tati Abreu. Na vida, lançam-se as duas crianças paulistanas, transitando dentro e fora, liberdade e proteção. Extrapolam a potência do ser pequeno, da infância sentida. Tati observa e fotografa. Para as crianças a câmera é uma extensão dos braços e dos olhos da mãe, não sentem, não olham, seguem vivendo. Como se o exercício de fotografa-los fosse apenas uma olhadela mais cuidadosa, um carinho. Passam pelo registro como se ele não estivesse sendo feito. Basta um clic, coisa de quem conhece o riscado e os filhos. Maternidade a passeio, a trabalho, a espera, desejando, aventurando-se, na luta e na devoção. A exposição é o extrato dessa pequena jornada que aponta para um lirismo peculiar, marcado principalmente pelo retrato do imperceptível.

 

Tati Abreu
Com o nascimento da Maria eu inicio o projeto pessoal Maria Todo Dia.
Profissionalmente passo a ser “notada” pela abordagem narrativa fotográfica no registro do cotidiano da minha filha.
Depois chegou o Tito, o projeto cresceu e enriqueceu. Criança é brinquedo de criança e irmão é o melhor presente.
Tito e Maria Todo Dia é um diário visual poético da vida simples dos meus filhos. Uma tentativa de captar a essência desses seres livres e curiosos.
A imagem me afetava, transformava, eu apanhava a primeira câmera ali pela frente, no caos, na casa, na bagunça, no carro, entre banhos e almoços. Digital, analógica ou celular. Click rápido e silencioso para guardar a cena que já estava impressa na minha alma.
No trabalho, fotografando festas, casamentos, partos, recebo relatos de que sou invisível. Habilidade conquistada e aprimorada graças ao Tito e a Maria, meus treinadores na arte de respeitar o espaço e as solidões da infância e daqui a pouco os silêncios e os ruídos da adolescência. Quieta, rápida e sempre depois de uma espécie de soluço da alma.