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As muitas conexões destes tempos culminam nestas obras. As observações da artista a respeito da fragilidade da vida causam impacto, e apontam uma ruptura no sentido das intervenções analógicas em fotografia, migrando da utilização de símbolos da flora para imagens da fauna. Somos animais com atitudes animalescas de sobrevivência. Ás vezes, nada mais que isso. Sempre retomando estratégias evolutivas baseadas em violência, medo e outras mazelas. Do vírus à maior população, lutamos por vida e nunca precisamos tanto de outro indivíduo para conseguir isso. Estaríamos então perdidos em nossa incapacidade animal de sobreviver coletivamente? Seria toda essa tragédia viral um dos muitos resultados do nosso descaso para com as outras espécies? Estamos evoluindo? As respostas podem estar em um lugar que não conseguimos alcançar enquanto animais, é necessariamente transcendental. É um privilégio. Arde a esperança que este lugar comum da consciência nos revele o Brio de sermos humanos, e o que nos faz ser maiores do que a linguagem da morte e da opressão. Através da arte, a crença neste sentimento de orgulho próprio, no senso de dignidade que nos ensinam as demais espécies da fauna, no sucesso de ser o que se é, e sobreviver bela.

Aline Brant