Sobre fundo branco, dispostas na vertical no canto inferior esquerdo “LINHA DA CULTURA” em letras garrafais na cor preta exceto a palavra “DA” em cinza, abaixo “SINTA.VIVA.SIGA.”. Ao centro, uma grande seta apontada para baixo, parte do logotipo do Metrô, preenchida por fotografia onde vemos o metrô na plataforma da estação em uma perspectiva sendo o ponto de fuga da imagem à esquerda. A iluminação é baixa e duas pessoas esperam na plataforma à direita da imagem.

 

 

HISTÓRIAS EM TRÂNSITO

Acervo do Metrô

 

A contemporaneidade, por si só, nos coloca em movimento. Em um mundo onde a tecnologia e os aplicativos de comunicação se transformam e se obsoletam a cada instante, nos parece imprescindível estarmos conectados, transitando de plataforma em plataforma, e exigimos que seja o mais veloz possível. Nosso deslocamento não é só virtual. O século XX nos possibilitou, com mais urgência, estar em vários lugares e, consequentemente, esse deslocamento constante modificou a nossa percepção de pertencimento e de lugar.

Neste contexto, como discorre a escritora Katia Canton em referência ao antropólogo francês Marc Augé, trocamos lugares fixos por lugares virtuais e de passagem, “lugares que nos impõem outros tipos de troca”. Interessante pensar que esses “não lugares” não são despersonalizados de pertencimento em meio à massa de transeuntes. São locais, sobretudo, de memória, de convivência, de presença e mediação constantes.

Nos grandes centros urbanos do século XXI, como na cidade de São Paulo, é inevitável refletir sobre os usos dos espaços públicos, bem como os significados atribuídos a eles. Inevitável também pensar na qualidade da relação espaço/tempo e na necessidade básica de mobilidade urbana, compreendendo que os deslocamentos diários são inerentes ao cotidiano das pessoas e um fator crucial para qualidade de vida.

Os meios de transporte, e no que é premente contextualizar o Metrô de São Paulo, são espaços públicos que se tornaram gigantescos ambientes de convívio para milhões de pessoas. Além de mobilidade e segurança, o Metrô é responsável por diversas atividades que envolvem arte, história e cultura nas estações. Com mais de 50 anos, a Companhia também formou um acervo com aproximadamente 220 mil itens, que contempla fotografias, vídeos, livros, objetos e uma coleção de arte contemporânea.

Diante disso, “Histórias em Trânsito” apresenta aqui algumas imagens que são parte do patrimônio do Metrô e que podem contar um pouco da história da cidade de São Paulo, um pouco da história de cada vida, cada passagem.

Realização: Metrô de São Paulo