Sobre fundo branco, dispostas na vertical no canto inferior esquerdo “LINHA DA CULTURA” em letras garrafais na cor preta exceto a palavra “DA” em cinza. Ao lado, uma grande seta apontada para baixo, parte do logotipo do Metrô, preenchida por imagem da obra Figuras de Lygia Reinach. À direita da imagem “Próxima Estação: Caminhada Fotográfica #2”. Abaixo, “Fotografos: Clarice Fortes, Jean Carlos, Leandro Mayer, Lucila Watanabe, Marcelo Iassuda, Mariana Bezerra, Mary Siose, Norma Watanabe, Paulo Bentes, Sami Millser; Realização: Linha da Cultura”.

 

“Entre as coisas que emprestam ao artifício humano a estabilidade sem a qual ele jamais poderia ser um lugar seguro para os homens, há uma quantidade de objetos estritamente sem utilidade e que, ademais, por serem únicos, não são intercambiáveis, e portanto não são passíveis de igualação através de um denominador comum como o dinheiro; [...]. Além disso, o devido relacionamento do homem com uma obra de arte não é ‘usá-la’; pelo contrário, ela deve ser cuidadosamente isolada de todo o contexto dos objetos de uso comum para que possa galgar o seu lugar devido no mundo".

 

Em seu livro A condição humana (Forense-Universitária, 1983 [1958]), Hanna Arendt nos apresenta um conceito para entender a importância de uma obra de arte. Da mesma forma, acreditamos que o acesso a arte contribui para promover este lugar seguro ao ser humano, tão necessário em tempos tão complexos como os que vivemos. Por isso, as diversas ações culturais propostas pelo Metrô envolvem a participação de grupos com o objetivo de dar voz ao olhar sensível frente as múltiplas experiencias possíveis pela cidade e pelas estações do Metrô de São Paulo.

A segunda Caminhada Fotográfica motivou os participantes, por meio da fotografia, a construírem outra relação com as obras de arte, os espaços arquitetônicos das estações e com a cidade. Realizada em março de 2020 em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a ação possibilitou aos participantes a oportunidade de conhecer as obras de três grandes artistas do acervo do Metrô de São Paulo: Lygia Reinach, Françoise Schein e Odélia Toscano. Iniciamos a atividade na estação Ana Rosa com a presença da convidada Lygia Reinach, que falou sobre a sua instalação “Figuras” (1992), composta por 80 esculturas de barro queimado, onde os participantes conheceram um pouco mais sobre a obra e a artista, em seguida exploramos os painéis em azulejos de Françoise Schein na estação Luz, intitulado “Inscrever os direitos humanos na estação Luz do Metrô” (2010), passamos pelos painéis de chapa de metal, sem título (1990) de Odélia Toscana na estação São Bento e finalizamos apreciando a exposição Estação Memória uma Instalação que conta a história do Metrô de São Paulo, na Estação Sé.

Realização: Linha da Cultura