A missão do Metrô é de transporte de passageiros, a preocupação de ir e vir. Mas, em nenhum momento, a estética nos designs de sua arquitetura, de seus equipamentos, bem como a sofisticação em tecnologia e a preocupação com o meio ambiente foram deixadas de lado.
Neste contexto, a Linha da Cultura traz a exposição “Estações Premiadas e Notáveis” a fim de mostrar ao espectador as estações com um recorte das perspectivas artísticas. As que foram premiadas, desde a década de 1960, e as Notáveis porque dialogam com o entorno, aproveitam a luz solar, jardins internos e externos, espaços para as obras de artes, entre outras.
No início, a concepção das estações tinha como ponto de vista um local de passagem, sua funcionalidade com um conjunto de espaços de transição que conduziam os passageiros do acesso até o embarque e vice-versa. Com o tempo, as estações ganharam, em seu ambiente, outras funcionalidades agregando serviços e espaços culturais convidando as pessoas a passarem um maior tempo usufruindo desse leque de possibilidades.
A equipe da Linha da Cultura selecionou um total de 46 imagens das perspectivas e cortes artísticos dos estudos arquitetônicos preliminares de algumas estações, entre as décadas 1960 a 1990 do acervo do Metrô e da área de Arquitetura que estão distribuídas nas linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha.
Conheça a exposição e clique nas imagens para navegar pelas galerias.
ESTAÇÕES PREMIADAS
ESTAÇÕES NOTÁVEIS LINHA 1-AZUL
ESTAÇÕES NOTÁVEIS LINHA 2-VERDE
ESTAÇÕES NOTÁVEIS LINHA 3-VERMELHA
Entre as estações apresentadas, algumas observam, ainda, características específicas que se destacam.
Estação Portuguesa-Tietê – Linha 1-Azul
Na época, o trabalho da equipe de arquitetura destacou os acessos dessa estação.
Estação Santa Cruz – Linha 1-Azul
Em novembro de 2001 foi a primeira estação a incorporar um Shopping Center no Brasil. O empreendimento trouxe para São Paulo uma experiência de acessibilidade total única no país, inspirado em uma tendência existente em grandes centros urbanos mundiais.
Estação Sé – Linha 1-Azul e Linha 3-Vermelha
O partido arquitetônico adotado rompeu com os padrões estabelecidos até então e foi criada uma grande claraboia, aberta no nível da praça, para a entrada de ar e luz natural, levando a luminosidade até os níveis mais profundos das plataformas.
Estação Santuário Nossa Senhora de Fátima-Sumaré – Linha 2-Verde
Com projeto arquitetônico arrojado, a arquitetura da estação combinou estruturas em concreto aparente com paredes em vidro como suporte de obras, proporcionando leveza e funcionalidade aos seus ambientes.
Estação Tamanduateí – Linha 2-Verde
No partido arquitetônico das novas estações da Linha 2, a exemplo de Tamanduateí, Sacomã e Alto do Ipiranga, foi aplicado o método misto, com a utilização dos espaços resultantes dos processos construtivos e sua exploração plástica através de aberturas para o aproveitamento da ventilação e iluminação naturais e plena acessibilidade.
Estação Tatuapé – Linha 3-Vermelha
As estações, construídas no nível da superfície, seguiam um padrão com acessos e terminais de ônibus urbanos nos lados norte e sul ligados à estação por meio de passarelas de transposição sobre o viário e linha de trem, cumprindo-se, também, a missão de conexão dos bairros antes separados pela linha férrea.
Estação Santa Cecília – Linha 3-Vermelha
Com o novo conceito de grandes aberturas para prover luz e troca de ar, a Estação Santa Cecília foi projetada com aberturas para entrada de luz até os níveis mais profundos.
Estação Patriarca-Vila Ré – Linha 3-Vermelha
A cobertura em estrutura metálica espacial recebia um tratamento de cor diverso a cada estação de modo a identificar-se na paisagem, em seu bairro correspondente. A aplicação de cores na cobertura de treliça metálica, bem como sobre o telhado frontal resultou em um forte elemento de identificação para as estações, transformando-os em importantes pontos de referência na paisagem urbana.
Estação República – Linha 3-Vermelha
O projeto original da Estação República, que inicialmente previa a demolição do Colégio Caetano de Campos, foi totalmente refeito, preservando-se a edificação tombada e ampliando a Praça da República. O novo projeto determinava o máximo aproveitamento da área subterrânea. A estação passou a uma maior profundidade e sua obra trouxe inovações técnicas.
Estação Penha - Linha 3-Vermelha
O trecho leste da Linha 3 - Vermelha, introduziu novo conceito, sua implantação resultou em requalificação urbana com a canalização de córregos, construção de avenidas e viadutos, áreas de lazer e até creches e escolas, constituindo um intenso processo de reurbanização com significativa melhoria da região.