Sobre fundo branco, dispostas na vertical no canto inferior esquerdo “LINHA DA CULTURA” em letras garrafais na cor preta exceto a palavra “DA” em cinza. Ao lado, uma grande seta apontada para baixo, parte do logotipo do Metrô, preenchida por fotografia preto e branco de viaduto com suas duas vias vazias. À direita da imagem “UM PASSEIO PELAS VAZIAS RUAS DE SÃO PAULO EM MEIO A PANDEMIA”. Abaixo, “Realização: Luciano Castilho e Linha da Cultura; Estação República a partir de 08/06”.

 

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UM PASSEIO PELAS VAZIAS RUAS DE SÃO PAULO EM MEIO A PANDEMIA

Março de 2020. Última época em que a população do planeta saia às ruas sem se preocupar se estava esquecendo ou não sua máscara. Uma doença viral surgira na China meses antes, com fácil transmissão entre as pessoas, mas com alarde insuficiente para parar tudo. Pouco tempo depois, o Coronavírus já havia viajado o mundo. No dia 26 de fevereiro de 2020, o primeiro caso confirmado no Brasil, em São Paulo. Em março, os casos começam a aumentar. No dia 11 de março, a OMS – Organização Mundial da Saúde, declara oficialmente a Pandemia de Coronavírus. No dia 17 de março a primeira morte por Coronavírus é confirmada no país e o número de infectados é quase 300. Empresas começaram a liberar seus funcionários para trabalhar em casa e o termo home office ecoa como nunca nas vozes alheias.

A partir daí, todos nós conhecemos e estamos vivenciando um dos períodos mais turbulentos da humanidade.

O medo existia, mas a curiosidade de saber como estava São Paulo durante a pandemia, uma das maiores e mais movimentadas cidades do mundo, falou mais alto e convenceu a me aventurar por algumas noites pelas ruas para registrar a vastidão. Na época, pouquíssimos saiam de casa. Era estranho pensar que Sampa, conhecida pela vida noturna, pelos milhares de bares que se estendem pela madrugada, pelo trânsito caótico (até mesmo fora da hora do rush), pela abundância de vida, estivesse com as ruas vazias.

A cidade estava silenciosa, calma, menos poluída. Mas ao mesmo tempo assustadoramente vazia, como se tivesse sido dizimada, sem vida, exceto alguns rebeldes que não aceitaram o isolamento e muitos entregadores de aplicativos de comida.

Hoje, pouco mais de 1 ano depois, a situação continua e mais de 450 mil vidas foram perdidas. Assim como tristes momentos da história, o registro foi feito. E este registro era de algo que parecia impossível até pouco tempo atrás. E por mais belo e curioso que seja, São Paulo, queremos você de volta.

Luciano Castilho

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Fotos – abril/2020