O Metrô de São Paulo iniciou em novembro de 2020 o projeto de conservação de 21 obras de seu acervo de arte pública contemporânea. Esta iniciativa faz parte do Chamamento Público nº 10015718, no qual estava prevista inicialmente a conservação de 40 obras.
Algumas atividades de conservação foram realizadas durante o dia e puderam ser acompanhadas pelo público enquanto a equipe de conservação atuava. Nas obras localizadas em espaços com grande fluxo de pessoas, o trabalho foi realizado no período noturno.
Para fechar o projeto preparamos o lançamento do documentário que traz depoimentos de artistas e especialistas em arte e de um catálogo com imagens e registros do projeto e das 21 obras conservadas nesta edição.
Conheça e baixe o catálogo do Projeto de Conservação aqui:
O Projeto de Conservação de Obras de Arte está próximo do final. As quatro últimas peças conservadas foram: Homenagem a Galileu Galilei II de Cleber Machado (Estação Vila Madalena), Sem Título de Caíto (Estação Santuário Nossa Senhora de Fátima-Sumaré), Jogos de Dados de Geraldo de Barros (Estação Clínicas) e Figuras Entrelaçadas, de Antonio Cordeiro (Estação Pedro II).
O projeto de conservação de obras de arte do Metrô continua e até agora já foram conservados 17 dos 21 trabalhos definidos. Os cuidados de conservação da etapa atual foram realizados entre os meses de janeiro e março de 2021 nas estações República e Sé da Linha 3-Vermelha.
Na estação República estão localizados cinco trabalhos de quatro artistas, que integram a série Resíduos e Vestígios Século XXI: Bené Fonteles (Vitrine Cápsulas), Roberto Mícoli (Grande Cocar), Xico Chaves (Luz da Matéria) e Luiz Hermano (2 estruturas de ferro).
Na Vitrine Cápsulas, de Bené Fonteles, foi preciso retirar a parte superior, que funciona como uma tampa de isolamento da vitrine, e entrar em seu interior cuidadosamente para realizar a retirada da poeira das delicadas peças de características naturais e cerâmicas artesanais. Para isso foi utilizado um equipamento aspirador de pó apropriado.
Nas duas esculturas do artista Luiz Hermano, foi necessária uma estrutura de andaimes para alcançar as peças que ficam suspensas: uma no teto e outra nas paredes laterais sobre as escadas de acesso à plataforma, próxima à interligação com a Linha 4-Amarela.
Para as obras de Roberto Mícoli e Xico Chaves uma escada foi suficiente para realizar o serviço de limpeza nos trabalhos, intitulados Resíduos e Vestígios Século XXI – Grande Cocar e Resíduos e Vestígios Século XXI – Luz da Matéria, respectivamente.
Na estação Sé tivemos três trabalhos conservados: Colcha de Retalhos de Cláudio Tozzi, Sem Título (escultura em bronze) de Alfredo Ceschiatti e Garatuja, de Marcello Nitsche.
Colcha de Retalhos é um trabalho de mosaico, feito com pastilhas de vidro. Para esta obra de arte, além da limpeza, foram substituídas pastilhas que haviam se desprendido com a ação do tempo, considerando as perdas e que a obra está instalada no local há mais de 40 anos.
No início de 2021 foram entregues quatro obras de arte, todas localizadas no trecho norte da Linha 1-Azul. Clique nas imagens para navegar pela galeria de imagens do processo de conservação da segunda etapa.
Destacamos as atividades realizadas na obra “Construção de São Paulo” de Maria Bonomi. Localizada sobre as vias da Estação Jardim São Paulo-Ayrton Senna, a obra se apresentou como um grande desafio à equipe de conservação. Para garantir a segurança na execução dos serviços foi acionada a área de manutenção do Metrô. Um veículo que trafega sobre os trilhos foi utilizado como base para a montagem de andaimes. Normalmente esse veículo é utilizado para manutenções em locais de difícil acesso ao longo da via. Essa ação conjunta foi fundamental para o sucesso das atividades e garantiu a seguranças das pessoas que trabalharam nesta obra de arte.
Instalada nos jardins externos da mesma estação, outra obra de destaque é "Voo de Xangô", de Gilberto Salvador. A obra de dimensões gigantescas recebeu uma nova camada de pintura depois de realizado o tratamento de sua superfície. É importante ressaltar que todas as características das obras são preservadas durante todo o processo de conservação. No caso de Voo de Xangô as cores vermelho e amarelo são as mesmas cores originais aplicadas quando a obra foi instalada.
Em janeiro de 2021, além das obras "Construção de São Paulo" e "Voo de Xangô", foram entregues as obras "A Semente" de Renato Brunello e "Sem Título (série orgânica)" de Akinori Nakatani, totalizando até agora 9 obras que receberam cuidados de conservação e limpeza.
O ano de 2020 terminou com a entrega de 5 obras conservadas:
Todas as obras passaram por processo de aspiração da poeira e higienização. A equipe de conservação considerou o tipo de material que compõe cada uma, aplicando o produto para limpeza adequado ao tipo de material. Por exemplo, para as peças de mármore e cerâmica foi utilizada limpeza úmida realizada com um produto em pó diluído em água.
A obra "Esfera" recebeu polimento para melhorar o aspecto da superfície, deixando riscos menos aparentes.
A obra “O Paraíso” recebeu pintura nova no fundo azul. As letras que formam o poema foram recuperadas. Algumas delas haviam se desprendido e foram guardadas pela equipe da estação. Esse cuidado foi muito importante para garantir a originalidade da obra.
Outra obra deste primeiro bloco é "O Ventre da Vida", de Denise Milan (Clínicas). Neste trabalho foi restaurado o sistema de iluminação e substituídas as lâmpadas queimadas, devolvendo à obra seu brilho característico.
Sobre o Projeto de Conservação.
O Metrô de São Paulo tornou público o interesse em receber propostas para conservação de 40 obras de arte que fazem parte do seu acervo de arte pública contemporânea por meio do chamamento nº 10015718.
Com duração prevista até abril de 2021, o projeto abrange a recuperação, higienização e conservação de 21 obras de artistas emblemáticos da arte brasileira (entre as 40 obras publicadas em edital de chamamento público) e tem como objetivo manter a integridade e originalidade, bem como o alto nível de qualidade desse acervo.
A ação é patrocinada pela Bombril com recursos provenientes de programas de incentivos fiscais. O projeto está organizado em etapas com o objetivo de agrupar as obras por localização e proximidade.
Serão ao todo 6 etapas, sendo cinco para conservação e uma para revisão. A última etapa tem a finalidade de verificar se há ainda alguma pendência que necessite atuação da equipe de conservação.
Todo o material audiovisual produzido será utilizado para a produção de um catálogo digital e impresso e para o documentário Conservação das Obras de Arte do Metrô. Ambos serão apresentados e distribuídos gratuitamente ao público no término do projeto.
Em 2018 já haviam sido conservadas 14 obras de arte de um total de 91 obras instaladas em 37 estações do sistema. Essa foi a maneira que o Metrô encontrou para preservar e conservar tão diverso e importante acervo de arte pública, conhecido como Museu Subterrâneo.
Como parte do processo de democratizar o acesso à cultura para a população, o Metrô de SP mantém uma agenda cultural diversa (e online mais recentemente, por causa da suspensão das atividades físicas). A programação inclui exposições, dança, música, teatro, oficinas culturais e a exposição permanente de obras de arte de renomados artistas, tornando a experiência do transporte público mais agradável e interessante aos passageiros.
As obras selecionadas para este chamamento são:
Estação Tiradentes
1)Escultura de Akinori Nakatani, Sem Título - Sério Orgânica Técnica: Cerâmica Alta temperatura, 2002.
Estação Jardim São Paulo
2) Mural de Maria Bonomi, Construção de São Paulo Técnica: Concreto Moldado, 1998.
3) Escultura de Gilberto Salvador, Voo de Xangô Técnica: Aço Pintado com tinta epóxi, 1999.
Estação Tucuruvi
4) Escultura de Renato Brunello, A Semente Técnica: Mármore, 1999
Estação Imigrantes
5) Escultura de Marcos Garrot, Esfera Técnica: Chapas de ferro fundido e pintado, 2009.
Estação Clinicas
6) Painéis de Geraldo de Barros, Tríptco - Jogo de dados Técnica: Laminado Plástico sobre Madeira, 1991.
7) Instalação de Denise Milan e Ary Perez, O Ventre da Vida Técnica: Cristais de rocha, lâmpadas e energia elétrica), 1993.
Estação Sumaré
8) Escultura de Caito, Sem título Técnica: Chapas de Aço, 1995.
Estação Vila Madalena
9) Escultura de Cleber Machado, Homenagem a Galileu Galilei II Técnica: Aço corten, resina epoxi e gralha de aço, 2007.
Estação Trianon MASP
10) Escultura de Francisco Brennand, Pássaro Roca Técnica: Cerâmica Vitrificada, 1990.
Estação Paraíso
11) Escultura de Renato Brunello, Equilibrio Técnica: Mármore, 1989.
12) Paineis de Betty Millan, O Paraíso Técnica: Texto em Chapa, 1995.
Estação Sé
13) Escultura de Alfredo Ceschiatti, Sem título Técnica: Bronze, 1978.
14) Mural de Claudio Tozzi, Colcha de Retalhos Técnica: Mosaico em pastilhas de vidro fundido, 1979.
15) Escultura de Marcello Nitsche, Garatuja Técnica: Chapas de ferro com zinco e placas de aço vincadas pintadas com tinta poliuretana, 1978.
Estação República
16) Instalação de Luiz Hermano, Século XXI - Resíduos e Vestígios Técnica: Estrutura em ferro soldado, vergalhões e tela de ferro, 1991.
17) Instalação de Luiz Hermano, Século XXI - Resíduos e Vestígios Técnica: Estrutura em ferro soldado, vergalhões e tela de ferro, 1991.
18) Instalação de Bené Fonteles, Século XXI - Resíduos e Vestígios Técnica: Vitrine com elementos naturais e artesanais, 1991.
19) Escultura de Roberto Micoli, Século XXI - Grande Cocar Técnica: Alumínio, fibra de vidro, madeira, tinta e resina acrilica), 1991.
20) Mural de Xico Chaves, Século XXI - Resíduos e Vestígios - Luz da Matéria Técnica: Pintura e aplicação de materiais diversos, 1991.
Estação Pedro II
21) Escultura de Antônio Cordeiro, Figuras Entrelaçadas Técnica: Cerâmica Alta temperatura, 1990.
Clique aqui para conhecer o acervo do Arte no Metrô e acompanhe aqui o andamento das atividades.