
Dentre suas últimas obras, destaca-se a série das Florestas, obtidas pela densa justaposição de faixas verticais ritmadas. Nelas, raramente há indicação do céu, de folhas ou do solo. O recorte pictórico coloca-se no nível dos troncos esquematizados e cabe à gama de cores evocar o aspecto naturalista de cada cena. Tampouco há, como houve nas obras que Segall produziu ao chegar ao Brasil, signos que explicitem o caráter tropical dessas florestas – elas parecem combinar o aspecto de preenchimento e impermeabilidade encontrado nos trópicos com temperaturas cromáticas e reminiscências atmosféricas das florestas europeias que Segall representou em sua juventude, talvez reavivadas pela paisagem de Campos de Jordão, onde adentrava as florestas e matas para desenhar e pintar.
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