Sobre fundo branco, dispostas na vertical no canto inferior esquerdo “LINHA DA CULTURA” em letras garrafais na cor preta exceto a palavra “DA” em cinza. Ao lado, uma grande seta apontada para baixo, parte do logotipo do Metrô, preenchida por fotografia de um casal de araras voando. À direita da imagem “A NATUREZA SAGRADA”. Abaixo, “Fotografia: Gabriel Thomaz de Aquino; Curadoria: Vera Simões; Apoio: Linha da Cultura”.

 

 

 

Em parceria com a Linha da Cultura, o Museu de Arte Sacra apresenta a mostra QUAL É A SUA CRUZ?, uma fantástica coleção particular de 70 cruzes elaboradas por 51 artistas do centro oeste brasileiro. Com a curadoria de Daisy Estrá, a exposição reúne nomes de gerações distintas para conversar com a contemporaneidade, propondo ao visitante um entendimento mais claro e mais poético sobre o cerrado brasileiro, sem cair em estereótipos regionalistas e exprimindo o universo simbólico de cada artista.

“Trata-se de uma oportunidade rara já que não são obras de acervos públicos e sim particular, vê-las depende de proprietários altruístas, que ao dispô-las, compartilham com o público a riqueza da cultural brasileira.
A coleção constrói uma narrativa imagética que acaba sendo sintética de uma das regiões mais ricas culturalmente do Brasil.”, afirma Daisy Estrá.

A coleção é resultado do projeto do artista Gervane de Paula, intitulado “Sofram Comigo”, que partindo de uma necessidade própria enquanto confeccionava suas próprias cruzes, convidou os demais expositores a responder plasticamente, resultando em um conjunto de estilos e narrativas variadas, onde podemos observar a criação e atitude individual de cada um.

“As temáticas abordam fenômenos transitórios da realidade cotidiana - sobre cruzes de madeira, cores quentes e fortes, entremeadas por materiais inusitados como chifres, couro de boi, casco e ossos de animais, pedras, cerâmica, lata, borracha, tecido, plástico e tantos outros materiais, formam uma complexa rede que exprime o universo simbólico de cada artista.

A intenção é propiciar ao visitante um entendimento melhor do centro-oeste brasileiro ao “abrir as portas” do cerrado de forma poética, sem cair nos estereótipos que mais embaralham do que esclarecem. Não há no projeto uma linha estética engessada e pode-se ver produções mais acadêmicas até arte urbana altamente contestadora e politizada.

O que as une no conjunto é a criação de uma espécie de RG artístico da região em que atuam, trazendo nomes de gerações distintas para conversar com a contemporaneidade”, finaliza Daisy Estrá.

Artistas: Adir Sodré, Adriana Miano, Ana Paula de Almeida, Aleixo Cortex, Arthur Escovino, Arthur Torenzan, Babu 78, Benedito Nunes, Carlos Batista, Carlos Lopes, Carlos Sodré, Conceição Bugres, Cida Silva, Cleide Ceramista, Creuza Medeiros, Clovis Irigaray, Dalva de Barros, Dora Lopez de Deus, Eugênia Vieira, Edinei Antunes, Elias de Paula, Francisco Diomar, George de Paula, Gervane de Paula, Goraibe, Henrique Bertulani, Humberto Espindola, Jaqueline Barroso, Jean Siqueira, João Sebastião, Júlio Cesar, June Fontenele, Letícia Peroni, Luis Cegada, Lupércio dos Santos, Marcia e Ronaldo Rodrigues, Mary Gema, Michel Abissal, Olímpio Bezerra, Paulo Pires, Rimaro, Roberto Almeida, Ruth Albernaz, Sebastian Silva, Souvier Podaratto, Télio Donizetti, Vania Mendes, Vitória Basaia, Waldomiro de Deus, Walques Rodrigues, Wander Melo.

Serviço
de 24 de janeiro 28 de março de 2021
Horários: Terça-feira a domingo, das 9 às 17h
Local: Estação Tiradentes - Sala MAS