Sobre fundo branco, dispostas na vertical no canto inferior esquerdo “LINHA DA CULTURA” em letras garrafais na cor preta, exceto a palavra “DA” em cinza. Ao lado, uma grande seta apontada para baixo, parte do logotipo do Metrô, preenchida por fotografia microscópica do Cipó Cruz. Á direita da imagem “CIPÓS: OS SEGREDOS SUSPENSOS DA FLORESTA”. Abaixo, “Pesquisa: Instituto de Biociências (IB-USP); Realização: Linha da Cultura”.

O Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) traz vídeo e mostra virtual das plantas, denominadas Cipós, revelando, em imagens macroscópicas e microscópicas, a diversidade de formas, cores e desenhos únicos em suas estruturas internas.

Também conhecidas como trepadeiras ou lianas, elas são facilmente reconhecidas devido aos caules pendurados ou entrelaçados entre árvores e chegam a representar um quarto de todas as espécies em florestas tropicais, fornecendo alimento para a fauna e passarelas suspensas por onde animais podem se locomover no topo das árvores.

A sua abundância e fisiologia são fundamentais na ciclagem da água e de nutrientes nas florestas, e ainda são importantes recursos naturais para os seres humanos. A partir do solo crescem escalando as árvores, entre outros suportes, e produzem flores que se transformam em frutos. Alguns desses frutos são popularmente conhecidos como a uva, maracujá, o guaraná e o kiwi. As folhas e os caules são usados em tratamentos fitoterápicos como guaco, cipó-pucá, unha de gato, entre outros e alguns como o mariri são usados em rituais religiosos, como no ritual da Ayahuasca. Muitos deles são usados em paisagismo como a trepadeira de arco e o cipó de são joão.

A importância dos Cipós vai além do conhecimento com usos populares. Há uma riqueza e relevância quando olhamos os desenhos, cores e formas exclusivas em suas estruturas internas. São imagens artísticas naturais, com desenhos em forma de cruz, flor, pés, triângulos, círculos concêntricos entre outros formatos que ainda são mistérios a descobrir sobre sua diversidade.

Essa exposição propõe que o espectador descubra a riqueza, os detalhes e as diferentes estruturas dessas plantas tão presentes em nosso cotidiano, e que agora temos a oportunidade de olhar sob o viés artístico. O título dessa mostra “Cipós: os segredos suspensos da floresta”, faz jus à beleza dessas imagens naturais reveladas no vídeo e nas imagens.

Confira agora a riqueza da nossa flora e seus segredos revelados em imagens.

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Nome científico das espécies retratadas, em ordem de exibição:

Cipó Espora de galo - Pisonia aculeata (Nyctaginaceae)
Cipó da família da Primavera - Reichenbachia hirsuta (Nyctaginaceae)
Trepadeira Castanha - Tetrastigma voinierianum (Vitaceae)
Trepadeira da família da Pimenta do reino - Manekia obtusa (Piperaceae)
Cipó da família dos Ipês - Bignonia aequinoctialis (Bignoniaceae)
Cipó Cruz - Adenocalymma validum (Bignonaceae)
Cipó Papo-de-peru ou Jarrinha - Aristolochia grandiflora (Aristolochiaceae)
Cipó da familia da Abuta - Telitoxicum rodriguesii (Menispermaceae)
Cipó Timbó - Serjania lethalis (Sapindaceae)
Cipó da família das Begônias - Begonia fruticosa (Begoniaceae)
Cipó Mariri, Jagube ou Yagé - Banisteriopsis caapi (Malpighiaceae)
Cipó da família do Mariri - Malpighioides bracteosa (Malpighiaceae)
Cipó Black Ayahuasca - Alicia anisopetala (Malpighiaceae)
Cipó da família do Mariri com desenho de flor - Christianella multiglandulosa (Malpighiaceae)
Cipó Primavera - Bougainvillea berberidifolia (Nyctaginaceae)
Cipó Jacarandá - Machaerium sp. (Fabaceae)
Cipó Escada-de-macaco - Schnella sp. (Fabaceae)
Cipó da família do Mariri - Heteropterys nordestina (Malpighiaceae)
Cipó da família do Guaraná em formato de triângulo - Serjania communis (Sapindaceae)
Cipó da família do Guaraná - Serjania lethalis (Sapindaceae)
Cipó Timbó-açu ou Pezinho - Serjania laruotteana (Sapindaceae)
Cipó Papo-de-peru ou Jarrinha - Aristolochia galeata (Aristolochiaceae)
Cipó Unha de gato - Dolichandra unguis-cati (Bignoniaceae)
Cipó Pimenta do mato - Manekia obtusa (Piperaceae)
Cipó da família do Guaraná - Serjania multiflora (Sapindaceae)
Cipó Uva - Cissus sp. (Vitaceae)
Cipó Sino-de-convento - Cobaea scandens (Polemoniaceae)
Cipó Maracujá - Passiflora alata (Passifloraceae)
Cipó Guaraná - Paullinia carpopoda (Sapindaceae)
Cipó da família do feijão - Rhynchosia phaseoloides (Fabaceae)
Cipó da família do Mariri com desenho de trevo de quatro folhas - Stigmaphyllon blanchetii (Malpighiaceae)
Cipó da família do Mariri - Stigmaphyllon acuminatum (Malpighiaceae)
Cipó Wortclub da família da Primavera - Commicarpus scandens (Nyctaginaceae)
Cipó Palmeira - Desmoncus orthacanthos (Arecaceae)
Cipó Cruz - Callichlamys latifólia (Bignoniaceae)

 

Material produzido pelo grupo de pesquisa do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), V Angyalossy, IL Cunha Neto, CF Figueiredo, CS Gerolamo, AC Lima; Universidade Federal do ABC, A Nogueira; Universidad Nacional Autónoma de México, MR Pace, D Sebastiãn; Smithsonian Institution, P Acevedo-Rodríguez. Fomentado pela FAPESP 18/06917-7 - Lianas: abordagem integrativa sob a perspectiva anatômica; FAPESP 13/10679-0 - Aspectos ontogenéticos, funcionais e evolutivos das variações cambiais em traqueófitas. FAPESP 2017/17107-3 – Diversidade e evolução do sistema vascular em Nyctaginaceae.