Sobre fundo branco, dispostas na vertical no canto inferior esquerdo “LINHA DA CULTURA” em letras garrafais na cor preta exceto a palavra “DA” em cinza. Ao lado, uma grande seta apontada para baixo, parte do logotipo do Metrô, preenchida por retrato de uma mulher negra idosa feito em carvão. À direita da imagem “RETRATOS DA VIDA, CAPÍTULO RESPEITO”. Abaixo, “Artista: Litho Alves; Fotografia: Sergio Paolillo; Realização: Linha da Cultura”.
 
Veja os rostos, o tempo e o que o artista Litho escreve: Respeito 
Não, não leia como ordem. Entenda como reconhecimento. A palavra respeito vem daí, se origina do grego respicere, que significa “olhar para trás e reconhecer o trabalho ou a contribuição de alguém”. Perceba que o lugar no vagão, o espaço na fila, ganham um novo significado. Como cidadãos, devemos este reconhecimento. Eles enfrentaram o “antes”. Agora, somos responsáveis, ainda com eles, pelo “depois”. O Metrô estará aqui para, quando chegar o momento do “depois”, respeitar e reconhecer a pessoa que contribuiu para a construção do futuro: você.
Litho, escreve Respeito.
Leia: sorrir, ajudar, ceder o assento e a vez.
Leia: reconhecer.
O idoso, o Metrô, e você, no futuro, agradecem.

Rui Piranda

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Idosos são retratados em desenhos na mostra “Retratos da Vida, Capítulo Respeito

O objetivo do artista plástico Litho Alves (@litho_arte) é provocar uma reflexão sobre a condição dos idosos numa sociedade em que não ser jovem é ser estigmatizado. Senhores e senhoras modelados pelo tempo foram retratados em desenhos, em que o artista utilizou a técnica de carvão e lápis pastel preto sobre papel Tiziano. Os brancos são feitos pela supressão da cor preta, numa metáfora poética da luz nascendo das trevas. O trabalho do artista, carregado de realismo, obriga o olhar a abrir mão de seu filtro de preconceito.